quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Levantados do chão

Depois de mais uma queda, de mais um fracasso, podemos ficar parados e tristes a chorar o insucesso ou levantarmo-nos, analisar o percurso, olhar para a frente, guardar o que aprendemos com a experiência e seguir. Assim, ficamos mais competentes e fortes para uma nova aprendizagem. 

É isto que os miúdos fazem para aprender a andar e, com este simples recurso, ganham asas para a vida.

No entanto, na escola, no emprego e na família promovemos o padrão do MEDO DO FRACASSO, condenamos a vontade de aprender quando incutimos o medo de falhar!

Criamos mentalidades fechadas, constantemente aprisionadas no «Cuidado, vais-te dar mal», «Tu és assim», «És Tótó», «Nunca mais percebes isto?», etc. Geramos uma cadeia de bloqueios limitantes e castradores! E acabamos por acreditar que somos assim, somos mais fracos, valemos pouco. 

Todavia, apenas ESTAMOS ASSIM! neste (a)caso, neste jogo, fizemos isto, tivemos um desempenho, amanhã estaremos e faremos diferente.

Nós não somos, nós ESTAMOS e, continuamente, podemos aprender, mudar e até transformar os traços mais profundos do que somos! Com alguma calma, diversão e controlo.

Para sermos mais competentes, precisamos de experimentar, de arriscar, de fazer e de falhar, de rir, de brincar de gozar com as nossas tolices momentâneas! Dá-nos jeito o conforto dos outros, o apoio, o sentido de entreajuda, o espírito de camaradagem e equipa. É tão bom poder partilhar as incompetências e as fragilidades!

Para aprender, é preciso coragem, esforço e tolerância ao erro e à falha, ao fracasso. Mas também é preciso assumi-lo como natural e positivo, aproveitando-o para nos tornar mais fortes e competentes, para nos ajudar a ter mais um recurso para o próximo jogo da vida!

E, no final de mais uma experiência fracassada, precisamos de perceber o que aprendemos. Ficámos mais ricos com o processo, apesar do resultado. É necessário aceitar e estar grato com a experiência.

Depois de mais uma queda, levantamo-nos, sacudimos o pó da roupa, cuidamos das feridas e partimos para outra, sabendo que a maioria das pessoas se vai rir da nossa queda e, eventualmente, de nós! Porque ainda não aprenderam a perder, a vencer e a conquistar.

«Eles não sabem nem sonham que o SONHO comanda a vida!» E, afinal, fiquei mais forte porque perdi, porque errei e sobrevivi. Porque aprendi e ESTOU um novo Eu, temporariamente assim, é a vida, vamos a isso!

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