sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A «alma criativa»

Por vezes, fazemos grandes reestruturações nas nossas vidas e nas empresas sem acautelar a construção de uma nova estrutura identitária, de uma nova alma, de uma renovada força energética e criativa. Uns meses mais tarde, temos de fazer nova reestruturação! Matámos a «antiga alma criativa» sem reconstruir uma nova com a mesma dimensão e relevância. E, assim, iniciamos um processo de descaracterização, desvalorização e quebra de orgulho no qual nos mantemos muito tempo, respondendo aos desafios do imediato, sem perceber onde se pretende chegar. Perdemos o Norte, perdemos confiança, cá vamos andando, até que a coragem se esgote, vencida pelo cansaço das tarefas e das rotinas e pela exaustão de não perceber o sentido da acção!

Até que, por mero acaso, passamos a ter sorte no que fazemos ou encontramos um sentido para a acção, inspirados por alguém ou por factos vindos do exterior!

O mais interessante é que a recriação de uma «alma criativa» faz-se melhor em equipa, que muitas vezes destruímos com a reestruturação! As grandes equipas têm uma «alma criativa» que suporta os desafios do dia-a-dia. Têm maior facilidade em ser competitivas e adaptativas! Por isso, uma reestruturação exige uma reconstrução (individual e colectiva) que se faz melhor com apoio, no seio de uma equipa ou de uma família. Mas a reestruturação, por vezes, deixou-nos sós!

Então, há que recomeçar uma nova acção, desta vez, com sentido, para recuperar a «alma criativa».

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