sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O colapso está aí, sem norte

Desnorteados, já não sabemos observar nem compreender a realidade. Por isso não tomamos as decisões certas! Quais serão? Quais os critérios? 

Quem saberá? Garantidamente, não serão os mesmos que nos trouxeram até aqui, nesta sociedade modernista ou pós modernista, que nos ajudarão a sair desta crise de transformação radical. Velhos hábitos, são, hoje, maus hábitos! Velhas práticas, podem ser suicídios.

Só uma perspectiva radicalmente diferente, encontrada, muito possivelmente por um grupo de putos, jovens e aparentemente insanos, ligados em redes dinâmicas, poderá visionar e efectivar-se como uma solução possível para a crise.

Os jovens actuais nasceram e foram programados para lidar melhor com o caos. Os seus cérebros estão mais preparados para esta fase. (Vejam a este propósito a National Geographic portuguesa de Outubro e leiam o livro de François Ascher: Novos princípios do urbanismo, novos compromissos urbanos e o vídeo – no youtube – We all want to be young).

As perspectivas mais conservadoras não funcionam perante a situação actual. Este momento, este problema, é muito diferente de todos os outros que vivemos no século 20. Não é apenas uma turbulência, é uma portentosa tempestade de energias múltiplas.

O nosso mundo dos sonhos e do progresso chegou ao fim! De um modo inicialmente lento e, agora, num ritmo cada vez mais acelerado e evidente.

A Europa está a agonizar num processo de mudança radical que os poderes instituídos não querem aceitar. O mundo inteiro vai sofrer essa fase de transformação. Tal como, no século 14, todo o mundo mediterrânico sofreu com a crise financeira das cidades mercantilistas de Itália. E, nessa altura, o mundo mudou! Felizmente, para nós!

Com a Internet e estas novas gerações de miúdos com poder, a sociedade (economia e política) mudaram radicalmente. A disseminação maciça das telecomunicações e das ideias, coincidente com a generalização da exigência e o incumprimento das expectativas da democracia e da sociedade moderna, criaram-nos angústias existenciais que estarão ao nível de todos os tempos que antecederam as guerras e as revoluções!

As teorias e os conceitos dos doutos sabedores foram ultrapassados pela dinâmica caótica da informação em tempo real e pela acção acelerada e criativa de múltiplos agentes à escala Glocal (cá e lá, ao mesmo tempo, em diferentes direcções).

Mas a malta não quer acreditar nisto. Não quer ver. Prefere olhar com os seus óculos de lentes envelhecidas para este objecto em movimento acelerado, imaginando-o como mais uma crise de crescimento! Assobiando para o ar, bebendo mais um copo e vendo o jogo de logo à noite da selecção nacional.

Entretanto, os banqueiros e economistas continuam a distrair-se com os cálculos construídos para um objecto que se movimenta a 100 km horários quando deviam estar a fazê-los para 350 biliões de objectos que se movimentam a velocidades tão díspares que, nuns casos, o movimento tem de ser medido em anos luz e, noutros, em micro-segundos.

E os políticos, já não sabem o que fazer!
Neste caminho, estamos feitos!

Estas soluções e estas atitudes de governação e oposição, aprofundam o nosso risco de insucesso e de sofrimento! Agora e para sempre...

Por favor, pensem à moda moderna e ajam, rápido, mas prudentemente com o aconselhamento dos doutos anciãos que muitas vezes não se doutoraram e, por esse motivo, sabem mais do que é preciso actualmente do que os que se especializaram em pensar de acordo com os cânones da ciência da época moderna.

Vamos ver o que acontece até Março. Entretanto, divirtam-se!

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