quarta-feira, 27 de março de 2013

No registo da culpa

«Miúdas, quem é que fez isto?» Foi a primeira pergunta, que me saiu, gritada, quando dei com o café entornado em cima da mesa :-( Parei um pouco, respirei fundo … e perguntei-me: porque me saiu logo esta questão, tão súbita e natural? 

A resposta é simples: Porque assim me treinei! É a minha programação neurolinguística, para as situações de contrariedade. Foi construída e consolidada por múltiplas experiências, desde a infância.

Normalmente, a primeira pergunta que fazemos perante um problema ou uma falha é: «quem é que fez?». Temos a estúpida mania de buscar um culpado, esquecendo a aprendizagem que podemos fazer. 

Quando olho para as famílias e as empresas com as quais trabalho, encontro muitas vezes a mesma cultura, a mesma acção neuroprogramada. É  aquilo que chamaria o Registo da Culpa, algo que construímos desde cedo, na família e na escola. 

Com este foco, esquecemos o essencial: a busca da solução (com base na sequência lógica de definir o Objectivo, activar a Imaginação, utilizar a Criatividade Colectiva e cultivar a Inovação).

A programação da «busca da culpa» atrasa a nossa capacidade para encontrar soluções criativas e inovadoras, criando a adaptatividade das pessoas e das organizações aos acontecimentos imprevistos. 

Precisamos de sair deste registo para ter uma vida melhor, mais reconfortante.

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