sexta-feira, 29 de março de 2013

A nossa triste sina


Temos de assumir que somos um país pobre, com uma mentalidade piegas, queixinhas e pouco empreendedora, de gente esforçada. Maioritariamente, é tudo «boa gente», com bom coração, mas, irresponsável e com incapacidade de visão de longo alcance.

Se olharmos para os países nórdicos, verificamos que o mesmo se passava na Finlândia, na Suécia e na Noruega, em 1950. Ainda são países predominantemente rurais. Eram pobres e atrasados. Hoje, estão no topo dos rankings de desenvolvimento humano … e económico.

Os Tugas e os Castulhas (espanhóis) são maioritariamente sérios e competentes. Por isso, no estrageiro, excelentes trabalhadores! Salvo raras excepções. 

Mas há uma diferença essencial entre nós e eles (os nórdicos). Não somos democratas. Esses assumem a responsabilidade da reflexão e da acção. Tomam em suas mãos os poderes de decidirem sobre as suas vidas e de agirem para que tal aconteça. Veja-se o caso da Islândia.

Aqui, demasiada gente, do povo e das elites, tem a mania de que a responsabilidade pelo desenvolvimento é um trabalho para o vizinho. Cada um de nós, pode continuar a ser irresponsável, analfabeto, desinformado, passivo, mantendo o seu nível de vida e de consumo insustentável. Até que deixa de o poder!

Além disso, aceitamos lideranças indecentes, votamos nos piores! Naqueles que se aproveitaram da Democracia para ganhar mordomias. 

Mas, como diz o Luís, bebamos uns whiskies e sigamos a vida, enquanto os outros se lixam ;-) TUDO DE BOM

2 comentários:

  1. E porque raio este "fado" teima em manter-se, diria mais, em impor-se??? Será que não se abre uma janela por onde entre a brisa do entendimento e da vontade de nos respeitarmos? E porque teimamos em fazer péssimas escolhas? E porque em face destas, teimamos em alimentá-las? E quantas gerações virão até ao equilibrio entre os homenens e todos os seres vivos? Aguentamos, até quando?

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  2. Boa questão IS! Talvez porque, desconhecedores, imaturos e irresponsáveis, preferimos ter alguém que nos guie, que nos ensine, que nos oriente, jogando com os mecanismos de MEDO para nos amedrontar e dominar.

    Efetivamente, as pessoas que votam, escolhem aqueles que refletem (nas palavras e nos actos) aquilo que eles querem ser. Só assim se compreendem as reeleições de Cavaco, Sócrates, Isaltino, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, etc. São espelhos evidentes daquilo que os seus eleitores consideram fundamental!

    «Para quê?», perguntaria eu, também! Talvez para ter uma vida descontraída e divertida, guiada pela inconsciência e, também, para ter alguém a quem responsabilizar!

    Para a maioria, mais vale queixar e chorar do que agir, provocar, mudar e concretizar. Isso dá trabalho e impõe riscos. Riscos que os nossos pais, professores e políticos nos foram dizendo que convém evitar.

    Efectivamente, ser livre e solidário é algo que exige esforço e nos obriga a prescindir de confortos, extravagâncias, coisas boas e mordomias que todos (ou quase todos) queremos ter - para sentirmos poder e bem-estar.

    Saber respeitar os outros (todos os seres vivos), é algo que impõe algumas restrições que dizemos que aceitamos, mas que é desconfortável concretizar!

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