É comum ouvir sobre o médico:
«o gajo é uma besta! Não se consegue falar com ele!» Pois é,
por vezes, têm razão!
Alguns médicos especialistas, de renome, são
insuportáveis! Estupidificam na inteligência. Treinaram-se para
detectar pormenores, ver factos, casos. Eliminam a
dimensão humana e relacional da sua análise. Isolam-se na
arrogância do saber específico, limitado.
Tecnicamente actualizados, são
rigorosos, informados, mas … incompetentes a comunicar. Usam uma
linguagem codificada e incompreensível, esquecem a humanidade do «doente». Funcionam como máquinas
treinadas para detectar falhas do corpo e definir ações curativas, olhando
apenas uma parte do sistema. Esquecendo o resto.
Não são «bestas». Mas, antes,
limitados na sua inteligência e na arrogância do «conhecimento
específico». Alguns dão-se ao luxo de ter este comportamento no
hospital (público), mas mudam radicalmente nos seus consultórios
(privados). Têm mau carácter, parecem-se com «mercenários
oportunistas»!
Um médico, é uma pessoa. Tem uma
ética, uma moral e uma personalidade específicas, que marcam o seu Ser, o seu comportamento e as suas relações. Isto educa-se ... e aprende-se!
Quando
é que «as escolas» perceberão que as dimensões
importantes da acção clínica são, também, a comunicação e a
educação?
Depois, alguns, admiram-se com o comportamento dos doentes!
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