sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Liberdade condicionada


Os instrumentos são apenas: ferramentas. Os homens bons usam-nas com ética e gostam de Paz. Desenvolvem o altruísmo e a compaixão. Tratam de robustecer e cultivar o seu carácter, que guia a acção, conferindo-lhe um cunho de decência, evitando o sofrimento alheio.

Outros há que, irresponsavelmente, são tolos da Barca do Inferno (de Gil Vicente), consumindo(-se) e lutando diariamente por riquezas para esbanjar, recorrendo a todas as ferramentas que encontram sem procurar! Divertem-se, por vezes, dão prazer, salpicam a vida de alegria e tristeza, mais ou menos regada com o álcool que podem beber.

Mas há um outro grupo, o dos maus, de baixo carácter, que se dedicam diariamente a extorquir as condições de Paz, Harmonia e Alegria dos outros. Todos eles se misturam nos mais variados contextos.

No Ocidente, que se expande pelo mundo, suportado na vã mentira do progresso, os bons ficam sem meios, com a liberdade condicionada. Os irresponsáveis perdem-se. Os maus têm o prazer de gozar com os outros. Normalmente, admiram os que se mostram em Davos.

De acordo com a minha moral (católica!), estes malandros deviam ser presos. Como os que matam, os que roubam a vida dos outros. Estes bandidos privam os bons e irresponsáveis de uma vida plenamente conseguida. Criam sofrimento contínuo. E gozam com isso!

É por saber estas coisas que tenho deixado de escrever. A consciência da estúpida maturidade, simplesmente, aconselha-me: «trabalha, torna-te tolo, deixa-te estar, deixa acontecer, na tua liberdade condicionada!»

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