Os instrumentos são apenas:
ferramentas. Os homens bons usam-nas com ética e gostam de Paz.
Desenvolvem o altruísmo e a compaixão. Tratam de robustecer e
cultivar o seu carácter, que guia a acção, conferindo-lhe um cunho
de decência, evitando o sofrimento alheio.
Outros há que, irresponsavelmente,
são tolos da Barca do Inferno (de Gil Vicente),
consumindo(-se) e lutando diariamente por riquezas para esbanjar,
recorrendo a todas as ferramentas que encontram sem procurar!
Divertem-se, por vezes, dão prazer, salpicam a vida de
alegria e tristeza, mais ou menos regada com o álcool que podem
beber.
Mas há um outro grupo, o dos maus, de
baixo carácter, que se dedicam diariamente a extorquir as condições
de Paz, Harmonia e Alegria dos outros. Todos eles se misturam nos mais variados contextos.
No Ocidente, que se expande pelo mundo, suportado na vã mentira do progresso, os bons ficam sem meios, com a liberdade
condicionada. Os irresponsáveis perdem-se. Os maus têm o prazer de
gozar com os outros. Normalmente, admiram os que se mostram em Davos.
De acordo com a minha moral (católica!), estes
malandros deviam ser presos. Como os que matam, os que roubam a vida dos outros. Estes bandidos privam os bons e irresponsáveis de
uma vida plenamente conseguida. Criam sofrimento contínuo. E gozam
com isso!
É por saber estas coisas que tenho
deixado de escrever. A consciência da estúpida maturidade,
simplesmente, aconselha-me: «trabalha, torna-te tolo, deixa-te
estar, deixa acontecer, na tua liberdade condicionada!»
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