quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mentiras e equívocos


«Deus criou a Terra e o Homem!» É mentira religiosa. «Deus não existe»! É mentira científica. A nossa vida, a História e o pensamento estão cheios de mentiras e equívocos. 

São mentiras à luz das evidências atuais e da lógica!

Muitos dos atributos agregados a Deus são invenções religiosas e moralistas destinadas a garantir equilíbrios e poderes. O mesmo se passa com as «verdades» da Ciência (económica, social, política, física, etc.).

São mecanismos intelectuais criados para dominar o mundo físico e os medos. Pouco mais. São verdades efémeras que o tempo e o trabalho científico teimam em desmentir passados alguns anos, com novos processos de análise e com novas tecnologias e teorias. Não são verdades universais, são ideias aparentemente comprovadas. Efémeras.

Mas faz de conta que são certezas. Pelo menos, assim, justifica-se a vida de muito boa gente, aquela que acredita que fazendo excelente ciência atinge um patamar de sabedoria próximo de Deus.

A ciência, ou antes, o método e o pensamento científico, apenas comprovam a realidade física. São incapazes perante a metafísica. 

Deus pode existir, assim como o Diabo ou o Espírito. As «verdades» científicas ainda não os tocam. Não os revelam nem os procuram.

Talvez outras formas de experimentação e aprendizagem, como a meditação, a hipnose e o espiritismo, o permitam. Não são comprovadas cientificamente, mas são tão verdadeiras como aquelas em que acreditamos, subjugados aos olhares da Ciência e aos dogmas da religião.

Numa época em que precisamos de respostas integradoras, que acalmem a turbulência da mente e das relações, a religião e a ciência, bem como a filosofia, podem ser recombinadas na busca de sentidos que façam agir melhor no mundo, eliminando mentiras e equívocos.

Partes do pensamento científico e religioso serviram, ao longo dos anos, para legitimar incongruências e mentiras que alimentaram obscurantismos. Afastaram-nos da «Luz Eterna», da «Sabedoria».

O livre pensamento, coletivo, e outras vias podem libertar-nos dessas amarras, criando espaços de aprendizagem que muitos gostam de rejeitar! Mas os poderes instalados da igreja e da ciência, bem como o controlo social, levantam-se continuamente para reprimir o sentido de busca aberta da Alma e da Essência, do sentido do Universo e das Vidas.

Mas tentemos. 


Imaginemos que o nosso intelecto é apenas um mediador entre um corpo físico, vivente na Terra, e uma Alma eterna com outros estados de existência. Imaginemos apenas que o nosso sentido de vida é o de aprender para enriquecer a Alma, passando múltiplas experiências para chegar mais além! Ups. Pode ser verdade e a vida tem outro sentido! Pode ser verdade e, afinal, a Paz (interior) poderá ser alcançada por outra via! Pode ser verdade e, assim, aprender pode ter um sentido muito diferente de ensinar! E tudo o resto, podem ser factos, ocasiões, diversões e equívocos! 

Ups! Quase tudo pode estar por aprender!

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