Aprender, muitas vezes, é desaprender, libertar-mo-nos das amarras e sonhos que demorámos anos a construir, das redes de ideias sobre as quais oscilamos para ler o universo que imaginamos. Aquelas que, a certa altura, confundimos connosco. Aquelas que imaginamos serem a nossa identidade.
Transformamo-nos em «velhos do
Restelo» quando nos recusamos a aprender, a mudar. Depois,
inadaptados, deixamo-nos desmoronar,
envelhecer. Perdidos, queixamo-nos da vida, ou,
revoltados, insurgimo-nos contra eles (o mundo, a vida e os outros, o resto infinito que nos envolve)
num forte estrebuchar que revela o sofrimento e a incapacidade de
mudar, de aprender de novo e continuar!
A vida não são só factos. É, acima de tudo, o modo
como os interpretamos e os vivemos. A forma como o nosso cérebro está
programado para pensar, comunicar e agir … numa sequência variável e descontínua de momentos
que julgamos contínuos e coerentes! A vida é o reflexo daquilo que somos
capazes de aprender e do modo como interagimos a cada momento com o infinito resto que nos envolve, por dentro e por fora.
A vida é um ínfimo nada, do infinito
resto, cheio do sentido que a nossa Alma/Imaginação lhe consegue dar!
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