Orgulho-me de ter nascido numa nação (numa identidade) que se
chama «Português». É um modo específico de sentir, com base numa língua comum, na
Ásia, em África, nas Américas e na Europa. Mas, não sou nacionalista, na perspectiva de superioridade ou de diferença.
Carinho, ternura, amargura, saudade, desenrasque … são
significadoss que só um «Português» consegue sentir na sua matriz cultural
de muitos séculos.
Tal facto, não o faz superior, apenas o distingue
e une, se ele quiser.
Ser português é ser portador de uma experiência de vida de
muitas gerações abertas ao mundo; É transportar na alma uma cultura global que se
constitui há mais de 1000 anos; Ser conciliador de hábitos árabes, judaicos, ibéricos, saxónicos e celtas, fundindo-os continuamente com uma perícia visível na magnífica gastronomia Goesa.
Ser «Português» é ser mundo, se tivermos a inteligente
coragem de valorizar a nossa cultura a par das de outros cantos do mundo.
Ser português é, eventualmente, ser livre, não depender de teorias marxistas, neoliberais, «fechadistas», fascistas em que muitos se
amarram para criar a sua vida numa estúpida simplicidade, limitados, desconhecedores, incapazes de ligar as múltiplas
peças de que se compõe a nossa vida.
Ser «Português» é, para mim, um enorme orgulho que se
entristece quando vê incultos limitados serem eleitos como presidentes ou
primeiros-ministros desta Nação, a minha Pátria: a Língua e a Cultura
Portuguesa que ainda se expressa em Portugal!
Texto reflexo do seguinte post do meu primo luso-brasileiro-japonês, nascido em Elvas: Acabo de assistir no canal curta! ao documentário "Tempo Rei" 30 anos, sobre Gilberto Gil e lembrei de como o conheci no Japão. Ele veio fazer um show em Kanazawa, cidade onde eu morava e na galera que o recebeu eu era o único que falava português. Conversamos muito (ele me chamava de Adalberto e eu não o corrigi). Me convidou para o show no dia seguinte, a mim, Maria Estrela e Maria do Sol e nos dedicou a primeira música. Na conversa do dia anterior, havia me pedido que lhe enviasse um livro sobre a história do Japão, que muito lhe interessava, o que nunca fiz e pelo que me sinto até hoje culpado. Peço hoje publicamente desculpa, até porque nos percursos frequentes de carro que fazia a trabalho sua música sempre me acompanhava de forma quase obsessiva. Não conheço nada que seja mais BRASIL do que ele. (Alberto Cidraes, Facebook, 22.2.2014) e das minhas conversas com a Carla e o Zemas sobre o «Viver a Casa e a Rua no modo de Cabo Verde», mesmo aqui, em Lisboa, na Cova da Moura, e lá, bem longe, no meio do mar, em Santiago. Todos estes são os traços de um Portugal especial.
Obrigado primo, nós portugueses precisamos resgatar o universalismo que está nos nossos genes, não só cultural mas também espiritualmente.
ResponderExcluirForte abraço, Alberto ;)
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