Cheguei à sala da minha casa. As minhas filhas estavam
sentadas, no sofá, a ver o CSI. Mais uma daquelas séries profundas, cheias de
referências sobre o sentido da vida, que a televisão passa, a toda a hora, em
quase todos os canais!
Fiquei parado! Por momentos, desassossegado!
Que educação
estou a cumprir? É este o sentido da vida? O que fiz até hoje para que elas ganhem a dimensão espiritual que as irá preparar para aceitar as derrotas, lidar com as perdas, comemorar as vitórias em comunhão com os outros? Estou a contribuir para o seu sofrimento emocional futuro, construído nos apegos e ilusões que se transformam em desencantos?
Se é assim que se educa em casa, numa família de «alguém informado», se é assim que se educa numa escola que relegou para a filosofia – e exclusivamente para aí – a racionalização do sentido da vida, como poderemos nós ambicionar uma vida e uma sociedade em Paz?
Deixamo-nos comprimir entre as «obrigações sociais», as «distracções
mundanas» e os «consumos impelidos», numa vida que se esgota nos momentos de ócio e de
trabalho.
A Paz de espírito não se alcança assim!
É conveniente que paremos, em silencio, como propõe o Pedro
Elias, para sentir e escutar a sabedoria que está em nós!
TUDO DE BOM
Nenhum comentário:
Postar um comentário