terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A ilusão castiga

A decisão, a ação e o sucesso são, sem margem para dúvida, mais definidas pela emoção do que pela razão. Mas, estas essências existem num contexto que as condiciona muito para além do que desejamos.

Desta constatação, nasce a necessidade de saber estar atento ao mundo, aos outros, interpretando, constantemente, com diversas perspectivas, a realidade que nos envolve, aprendendo e ganhando consciências sobre os factos e as sensações. É aí que entra a razão, para nos enriquecer de sabedoria.

A conjugação entre estas duas dimensões (emoção e razão), a que se junta a competência relacional e a espiritualidade, gera a capacidade para dominar uma ínfima percentagem da vida, do nosso destino. 

Infelizmente, demasiadas vezes, temos a ilusão que dominamos a existência pela razão, entrando num surrealismo esquizofrénico que nos castiga até à exaustão.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

TUDO NA MESMA (com vários perigos ...)

O que mais me incomoda na previsão para 2014 é o facto de ver a mesma orientação de tendência que houve em 2012 e 2013, perante o olhar passivo do povo (europeu) e a cumplicidade irresponsável de muitos.

Tenho nojo da indecência e da impunidade de muitos dos que nos governam e governaram (tendo estabelecido contratos ruinosos para o Estado e altamente vantajosos para certos bancos, que colocam, agora, em causa a sustentabilidade de várias famílias) e da incrível hipocrisia das governações europeias perante a injustiça e desigualdade internas, complementada pela franca sacanagem sobre África e o Médio Oriente, onde se alimentam conflitos, como os da Síria e do Mali.

Acuso, de forma clara e direta, os empresários e diretores de empresas ligadas à comunicação social (fazedores de opinião pública) de serem coniventes com este estado de falsidade democrática para manterem os seus empregos e os lucros dos acionistas!

As decisões dos governos do início do século 21 irão retirar o emprego a alguns dos seus fervorosos e inconscientes apoiantes! Talvez aí percebam que este não era o caminho e, uma vez revoltados com a mentira em que acreditaram, alimentem a energia de (r)evolução (genericamente passiva, mas ... com alguns momentos de brutalidade) de que a Europa necessita para entrar num novo ciclo.

E, pelo que vejo ... da Ucrânia à Turquia, com os desequilíbrios instáveis do Norte de África e do Médio Oriente ... antevejo um 2014 preocupante, com vários perigos para esta região em que Portugal se integra!

Por isso, apesar de vos desejar um ótimo 2014 ... estou muito duvidoso sobre este ano que agora começa. Mas ... Desejo que as pessoas de bem (que se assumem de esquerda ou de direita) comecem a dar as mãos para reduzir (até aniquilar) a força dos que alimentam a converseta da treta para enganar o povo, condenando à morte e ao sofrimento aqueles que estão mais indefesos.

domingo, 26 de janeiro de 2014

A Magia da Música

A Magia da Música não está na sua pauta, na sua matemática. 

A Magia não está apenas na sua harmonia nem nas sensações e emoções individuais que desperta. 

Para além disso, funda-se nas ligações que estabelece entre as pessoas, num momento, mágico, e na força de união que provoca, alinhando energias e sensações.

Talvez seja este o sabor especial de um concerto. Nesse espaço, a música é uma força que nos envolve numa sintonia comum!

É essa a sua maior beleza. A nossa ligação efémera, mas comum, que se junta aos momentos e sensações que perduram para o resto da vida.

Viva a música, feita ou sentida, com o coração, com os outros, que sentem, como nós ;).



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O sentido da vida

A vida são factos que se sucedem no tempo.

Efectivamente, a vida são todas as respirações que temos enquanto estamos vivos, todos os pensamentos e emoções que sentimos, as palavras significativas que trocamos, o que somos sem nos apercebermos, haja, ou não, um sentido.

A vida vai tendo o sentido que somos capazes de lhe dar, em cada momento. Mesmo que tenha muitos outros, numa narrativa universal que não conseguimos vislumbrar.

Cada um, de acordo com a sua consciência (sempre limitada) cria uma narrativa com significado, para lhe dar um sentido, sentir-se bem no presente, edificando um futuro que espera alcançar. Vê e sente, apenas, aquilo que é capaz de imaginar.

Por isso, os ritos, os mitos e os imaginários são tão importantes. Criam sentidos, efémeros, numa poética de vida, mesmo que sejam falsos, virtuais, irreais.

É assim, tão simples. É a vida ;) que convém gozar enquanto se mantém.