quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Lixo asqueroso


As notícias que nos chegam pelos jornais e televisão são lixo asqueroso, filtrado pelos jornalistas e pelas empresas de comunicação contratadas para manipular a informação! Pouco ou nada mais do que isso. Deixou de haver JORNALISMO!

Numa altura em que as escolas de jornalismo multiplicam especialistas, os melhores jornalistas estão reformados e desempregados. Por vezes, «calados» nas redações dos jornais! São sérios de mais para o negócio.

O mundo que vemos nas notícias de telejornal e nas manchetes de jornal é sempre negativo e estúpido, não existe. É uma pálida imagem da realidade. Publica-se apenas a parte sangrenta e asquerosa que interessa a alguns.

A bronca do Nicolau Santos com o suposto representante da ONU é a demonstração do nível a que se chegou. Isto não é jornalismo, pode ser manipulação, corrupção intelectual, laxismo, irresponsabilidade … de todos os que emitiram e divulgaram o assunto.

É por isso que acredito mais nas «fontes cruzadas» do facebook do que no lixo de jornais e cadeias de televisão que temos! 

Este foi o nível a que eles (jornalistas, editores e investidores) chegaram, arrastando uma sociedade! Talvez este facto mate a fraude em que o jornalismo se transformou! Lamento, não gosto de lixo asqueroso!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Tudo passa, ainda bem!


Tudo, é muito, é pleno, é infinito, e mais além. Tudo, é TUDO. É o contrário de nada! 

Tudo se transforma, tudo é efémero, tudo é... e deixa de ser. Nada permanece. Tudo muda, continuamente. 

Mas, nem tudo está ao alcance do nosso pensamento! 

Despeço-me sempre com: «TUDO de BOM»! No fundo, desejo-te uma vida cheia de tudo o que haja de bom! 

Aproveita o dia (carpe diem), goza o momento. VIVE TUDO, apesar dos constrangimentos. Em cada dia, cultiva-te, aprende, transforma-te, aperfeiçoa-te, para aproveitar melhor os momentos, um de cada vez. Para viver melhor, «com-tigo» e com os outros. 

Afinal, na vida, TUDO PASSA e nós, às vezes, aprendemos.

Os Maias tinham razão


Os factos comprovam! Ser manhoso e rico, é fator de sucesso.

Com dinheiro e pouca ética compram-se favores da imprensa, bancos e advogados indecentes, daqueles que bem conhecemos nas parangonas dos jornais, os que fazem e contornam as leis, descontraidamente, vestidos de fatos e gravatas de cinco mil euros, aparecendo todos os dias na TV!

Ser licenciado e decente, em Portugal, é um factor de pobreza. Que o diga Samuel Diarra, 65 anos: «Sou natural do Mali, fui professor de francês na Costa do Marfim. Vim para Portugal há 24 anos. Trabalhei como servente na construção civil e depois negociei ferro-velho, até que fiquei desempregado e decidi aceitar vender a revista CAIS. (…) A minha grande paixão é escrever poesia. Tenho imensos poemas e gostava, um dia, de os ver publicados num livro.» (http://www.cais.pt/testemunhos

Por isso, meus amigos, não se esqueçam que é tão importante ir à escola (dita superior) como estar consciente sobre a sociedade em que vivemos e fazer um curso de poder e sacanice.

Em Portugal, as pessoas sérias e promissoras empobrecem! Os outros mudam as regras, gozam com o povo, chegam a ministros e presidentes. É este o paradigma da sociedade liberal pós-CEE.

Onde chegámos? Ao fim do mundo! Os Maias tinham razão.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

As 7 dimensões da Arquitetura


De acordo com a Teoria do Tudo, a realidade tem 11 dimensões, 3 visíveis, outras tantas, imprevisíveis! 4 já as conhecemos com algumas limitações. São três relativas ao espaço (profundidade, largura e altura) e uma outra que Einstein revelou: «o tempo».

Na criação de soluções, a Arquitectura considera 7 dimensões e a engenharia 4, embora, muitas vezes, desvalorize a componente histórica do tempo. Por esse motivo, é difícil que os diferentes discursos e linguagens se entendam. Os primeiros criam emoções e sentidos nas suas obras. Os segundos buscam apenas a funcionalidade objetiva, por vezes, com alguma estética.

A Arquitetura é um campo que fascina pela sua complexidade, integralidade e imaginabilidade. Ultrapassa, em muito, a frágil concepção da engenharia na percepção do Todo! Mas, por vezes, descarrila para o inestético, irreal, disfuncional, embrenhando-se na disléxica metafísica da forma e na plasticidade do discurso … bem revelada nesta conjugação ambígua de palavras que acabo de discorrer!

A Arquitetura, a boa e excelente, mesmo que não exuberante, vai além das «4 dimensões do real concreto». Foca-se também na perspetiva (construindo ideias e diferentes apropriações emocionais, com estética), nas relações, com o contexto, e na transcendência, tentando tocar a Alma dos Lugares.

Combina, pelo menos, 7 dimensões que, por vezes, os mais frágeis arquitetos não dominam nas suas obras, mas outros usam com mestria ... e a nobreza dos engenheiros mais habilitados;-).

Infelizmente, a manipulação segura das 7 dimensões fica fora do intelecto da maioria esmagadora da população, perdendo sentido e significado colectivos. Aí, … perde-se o seu Valor. É uma pena!

Talvez o uso brilhante de 6 dimensões e de um discurso inteligível revalorizem esta nobre arte/ciência do saber criar espaços e objecto de referência e relevância, num contínuo de interação dos arquitetos com o povo. Seríamos mais felizes em conjunto?

Daqui a 20 anos


Daqui a 20 anos, estarei reformado … ou nem por isso! Pergunto-me: «Como será Lisboa em 2033?»

No caminho que levamos, a sua paisagem aproximar-se-á das imagens de Caracas ou de Havana, com menos jovens, mas com mais pobreza e desigualdade, com infra-estruturas envelhecidas, a falhar, mais edifícios e bairros degradados! Contrastando com o ciclo de valorização que teve nos últimos 20 anos!

A menos que quase tudo mude, daqui a 20 anos, será uma cidade de ricos e pobres, relembrando outros tempos que julgávamos passados, mas, agora, uma cidade de velhos, imigrantes e individualistas. Já o é! Mas ainda há dinheiro para tratar o espaço público e para disfarçar a pobreza!

Os investimentos do Estado na melhoria do espaço público e das infra-estruturas essenciais à qualidade de vida urbana continuam a aumentar! É preciso cobrir estes custos, com o dinheiro dos impostos (nacionais ou locais) de quem trabalha. Com o desaparecimento do emprego e o envelhecimento da população, não haverá disponibilidade de dinheiro para «estes luxos»! 

Em 20 anos apenas! Todos os Lisboetas terão menor qualidade de vida, graças à inconsciência dos cidadãos e aos governos que temos tido! Regressaremos ao campo, iremos para outras terras, ou estaremos dispostos a mudar?


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Recuperar Portugal


Aquele que desafia o corpo e a mente, cresce. Desenvolve-se. Continuamente, busca, com um sorriso, novos desafios, novas experiências, novas aprendizagens. Quem se coloca à prova e cresce, mesmo no infortúnio, mantém-se jovem, não envelhece. Apesar de estar, cada vez mais idoso!


Ganham poder os que enfrentam os medos e as convicções. Os que soltam e exploram a imaginação, aproveitando a intuição e o intelecto, as memórias pessoais e as dos outros! 

Uma das carências educativas que temos é a da falta de capacidade de experimentar, diariamente, esta atitude com os filhos e com os alunos. Por isso nos tornámos uma sociedade que se atrasa nas épocas de grande mudança!

Em tempos, nos Descobrimentos, não era assim! Não havia escola! Mas existia ambição, inteligência e ação estratégica. A necessidade de sobreviver e a vontade de crescer impeliam para o arriscar e fazer. Os líderes da nação aproveitaram este querer. 

Até que, calmamente, nos sentámos à sombra do ouro, à espera dos ventos favoráveis, para, depois, açoitados pela inveja, entrarmos em guerra civil, durante cerca de 50 anos!

Assim perdemos Portugal, ... que poderemos recuperar, se desafiarmos a mente, com o pouco dinheiro que temos, com um vasto património de história, imaginação e ação ... cooperante e arrojada.

Que chatice!


As tabelas salariais são uma chatice. Igualizam, desmotivam, nivelam por baixo a vontade de vencer e de crescer! Servem de padrão para a (in)justiça social! 

Porque são mal usadas, tornam-se elementos de desmotivação dos melhores e de reivindicação estúpida dos piores … no desempenho da sua função. 

Iludem, criam a ideia de que cada posto de trabalho é igual ao dos seus pares! Puro engano em mais de 90% dos casos.

Directores, técnicos de serviço social, educadores, médicos, enfermeiros, professores, «balconistas», vendedores … todos dependem da forma como tratam cada uma das relações que estabelecem. Criam valor pelo que fazem e comunicam, pelos resultados que alcançam. Nunca são iguais, apenas, eventualmente, semelhantes!

O desempenho só é igual, às vezes, nas fábricas, onde o ritmo e a qualidade do trabalho são definidos pela rotina repetitiva e estúpida! Onde a pessoa é uma peça, prolongamento da máquina. Em tudo o resto, o trabalho varia imenso de pessoa para pessoa, de acordo com a sua entrega e as competências que aplica!

Não se justifica pagar o mesmo a quem cria desagrado, prejudicando a imagem de uma organização ou a quem gera soluções criativas, inventivas, extraordinárias, criando satisfação, prestígio e um «valor excecional» aos seus patrões/clientes.

As tabelas salariais são referências promotoras de injustiça, apenas contrariada por prémios de desempenho, resultantes de avaliações sérias, integradas e formativas!

Numa sociedade de pessoas inteligentes, informadas e responsáveis (que não é bem o caso de Portugal) assente nos serviços, na criatividade e na relação, as tabelas salariais poderiam ser um padrão de base, um referencial de salário mínimo a partir do qual se pagariam acréscimos/prémios a quem apresenta melhores desempenhos!

Mas não! São usadas como referências equalitárias para proteger o dinheiro dos patrões, reduzindo a entrega, o mérito e a qualidade do trabalhador a simples palavras de retórica.

Afinal, as tabelas são, atualmente, uma das razões para a falta de competitividade, de emprego e de entrega dos trabalhadores. As outras, que as reforçam, são a cultura dos patrões e sindicatos. Estão todos a viver num passado que já não existe, que as universidades e a comunicação social tendem a preservar, estupidamente!

Depois, como sabemos, temos um défice estrutural de produtividade, competitividade e emprego. Que chatice!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fora de tempo!


Há algo que me magoa … continuamente!

Estar na margem, incompreendido, olhado como estranho, visionário ou irrealista, ser incapaz de mostrar a evidência, estar fora de tempo … dos outros!

Há 30 anos iniciámos as vitórias das listas independentes nas associações de estudantes. Esmagámos os partidos! Há 15 anos, inovámos no Marketing Territorial! Há 12, no e-learning! Há 10, no empreendedorismo e no coworking [Empreender +]! Tudo fora de tempo para um país fechado, atrasado, incapaz de se adaptar. Tudo isto, hoje, está na moda!

Sou um génio? Não! Claro que não! Vi melhor? Fui o único? Não. Nada disso. Nunca! 

Apenas compreendi o que outros viram também numa escala global, neste tempo, por esse mundo fora. Quase copiei, ideias e conceitos de pessoas que andam na crista da onda nas diversas temáticas do conhecimento. Olhei para as américas do sul, os EUA, a Dinamarca, o Canadá, a Ásia, a ONU, para todos aqueles que buscam construir um mundo melhor, integrador, com outras soluções! Fiz o óbvio para quem se cultiva com espírito aberto! 

Fiquei só! Com os meus pensamentos!

Pensei, falei e senti, até agi, fora de tempo!

É terrível estar fora de tempo! Num país que vive sem tempo! Parado, atrasado! Custa, muito, ver a estupidez emperrar tanto!

Não apenas a estupidez (limitação auto-induzida das ideias) dos outros, também a minha. A minha incompetência para ajudar os outros, em tempo útil, a descobrirem a evidência do caminho!

Felizmente, há Alentejo e essa coisa extraordinária: a música. Refúgios especiais que não têm tempo e acalmam o isolamento!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Demasiado!


Demasiado informados, demasiado possessivos, demasiado ocupados, demasiado preocupados, ... demasiado tudo. 

Muitos de nós, corremos demasiado, pressionados. O cérebro já não é capaz de suportar tanto peso de informação, relação e de emoção! A alma diverge sem que nada alcance para além da agri-doce sensação de ter corrido! Sem grande razão.

Porque queremos mais, queremos tudo, queremos o mundo. O horizonte, o paraíso e mais além.

Nessa ânsia louca de agarrar tudo, dispersamo-nos, perdemo-nos e desgastamo-nos. Num ápice, a vida passou! Vivemo-la intensamente e morremos, sem ter curtido os momentos de afeto, sem saborear o vento que sopra o contemplamento da alma e da calma. Para quê?

Ai como é bom voltar a viver o Alentejo ;-)

domingo, 9 de dezembro de 2012

O sentido da casa


Uma casa, não é só uma habitação! É, também, a expressão do que sou, como vivo, como me relaciono, o que imagino, o que quero ser. A casa reflete-nos. Tem os sentidos que lhes damos. É o local que me abriga, onde me escondo, me fecho, protegido. Onde recebo, se for aberta à rua, com a minha alma de hospedeiro!

A barraca pode ser mais acolhedora do que o prédio! A casa auto-construída tem um elã que a casa comprada não tem. É minha, expressa a minha vida, o meu ser, o modo como cuido dos materiais e dos outros.

Por vezes, lado a lado, encontramos duas expressões de uma realidade incompleta. A primeira, a barraca e a casa mal amanhada, está cheia de gentes, de imprevistos, de relações, de testemunhos e ligações. Por vezes, vazia de bens! A segunda, um apartamento guardado e isolado, está cheio de bens, vazia de gentes!

A casa do cabo-verdiano é viva, estende-se para a rua, ultrapassa-a, entra na casa do vizinho! A do alentejano, também. A do lisboeta … é um refúgio de medo, que isola de tudo, principalmente, do vizinho!

Felizmente, fui/sou pobre, africano, comuna … e alentejano! 

Infelizmente, vivo num apartamento fechado de Lisboa, rodeado por urbanitas, encerrados na ilusão de que vivem bem, porque têm uma boa casa ... vazia de afetos, fechada, de costas para o vizinho. Devia até ser numa vivenda: uma habitação «unifamiliar»! Cercada por muros, que isolam dos outros!

É assim por «todo o mundo» que se fecha na urbanidade. Em São Paulo, em Aveiro, em Singapura e Macau. Não é assim na África «antiga», no mundo rural, nos bairros de barracas de Portugal!

Quando aí vivi, era feliz! A casa estava cheia! Mais plena do que hoje sinto este confortável apartamento de Lisboa, esta habitação quase unifamiliar que me guarda atrás de uma porta fechada...!

Texto inspirado nas conversas que tenho com o Zé Fernandes e a Carla, nas orientações das suas dissertações de mestrado. Os segredos de sabedoria que estas palavras guardam são mais deles do que minhas, nascem nos nossos contínuos diálogos de aprendizagem. Não estamos fechados nos nossos urbanitismos! ;-) É adorável aprender com os que ensinamos ;-)

sábado, 8 de dezembro de 2012

O segredo do poder


O segredo da formação (e do poder) está na correcta integração entre o desejo que o aprendiz sente na busca do saber e a relevância da aprendizagem que experimenta.

A aprendizagem é um processo. Um CD de DEUS. Toca harmoniosamente se for Contextualizada e Desafiante (CD), mas, acima de tudo, cria emoções e vivências únicas se for DIVERTIDA, ESTRUTURADA, ÚTIL e SIGNIFICATIVA, permite sentir a força de (DEUS), a liberdade do SER.

Assim, para os produtores de aprendizagem, o sucesso cria-se por processos que inserem as pessoas em experiências desafiantes, integrando a emoção, a razão (o intelecto), o instinto e a imaginação. 

A boa aprendizagem muda os horizontes, transforma o aprendente! 

Revela-lhe o seu talento, que lhe aumenta o poder ... e a auto estima.

Aprender, e formar, é criar poder!

15 anos depois!


Mais de 15 anos depois, venci! 

Afinal tinha razão! o MARKETING TERRITORIAL das cidades médias dos espaços rurais era importante para a ciência que adoro. Na altura, a dissertação foi a primeira de um tema demasiado arrojado para ser Geografia! Excepto para alguns!

A minha paixão, este tema, parece estar hoje na moda! 

Agora, numa versão 2.0, centrada no planeamento estratégico, ou na abordagem 1.0 de «venda» de imagens e de promessas. Nesta perspectiva, não promove desenvolvimento, mas deixa os autarcas, os políticos e investidores felizes, iludidos pelas imagens que imitem!

O Marketing Territorial (MT), paixão antiga, incide sobre o TERRITÓRIO: sistema complexo e influenciado pela acção dos seus actores, sempre denso e incerto, que vive num contexto cada vez mais global. 

O MT é uma abordagem muito diferente da do marketing de produtos e de serviços. É uma perspectiva mais complexa, dinâmica e integrada que se baseia na interligação entre produtos, serviços, relações, paisagens e amenidades. É um constante desafio, que podemos resolver pela forma de um diamante. Estrutura-se a partir das identidades, patrimónios e histórias dos LUGARES (da sua alma), bem como nos processos de apropriação que deles se fazem (numa abordagem querida da fenomenologia). É, efectivamente, campo de trabalho de Geógrafos, Arquitectos, Antropólogos e Sociólogos, eventualmente, de Economistas.

O MT baseia-se na ampla integração contextual, cultural e pessoal dos conceitos de TERRITÓRIO, ESPAÇO, PAISAGEM e LUGAR! (alicerces essenciais da ciência geográfica) e dos conceitos do marketing como MERCADO,  POSICIONAMENTO, VALOR e IMAGEM.

Atualmente, o MT está na moda como uma ferramenta essencial ao desenvolvimento dos territórios, da criação de valor, da construção do bem-estar e de ESPAÇOS ACOLHEDORES. Para os mais arrojados e atualizados, incorpora as perspectivas da sustentabilidade e da participação, numa abordagem de criação de COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS. Está já numa geração 3.0

O tempo muda, as concepções também. As soluções acompanham-nas. 

Afinal, isto era, e é, Geografia, essencial, com sentido para a vida do ser humano e das comunidades! Por isso, cá vou sorrindo, feliz, navegando na crista da onda do tema! 

Afinal, venci a aposta. Com a ajuda do João e da Teresa, com a presença contínua do Raul! Venci porque me esforcei, fui criativo, arrojado e, acima de tudo, ajudado! Empoleirado nos ombros de gigantes, espreitei, vi, e continuarei a ver, as paisagens que outros não sentem.

Muito obrigado aos que me ajudam a questionar(-me) continuamente, a ver diferente: aos meus amigos estrangeiros, aos professores de outros campos, aos meus companheiros de estrada, aos meus alunos impertinentes que me fazem manter a mente aberta às novas ideias e desafios, numa escala global de aprendizagem, desde a China aos EUA! 

Muito obrigado ;-) TUDO DE BOM

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Apague-se a Assembleia


A Democracia portuguesa está podre. Morreu!

Enterraram-na num mausoléu: na Assembleia da República, onde uma «cambada de deputados», mal preparados, com discursos apalhaçados, repetitivos, fingem debater o que combinaram ao jantar! 

É um local comprado, desvalorizado, ridicularizado, que, remotamente, relembra tempos em que a Democracia era nobre e esperançosa.

A sociedade mudou. Está em rede! Mais informada!

Como me perguntava há dias um aluno: «para que serve aquele lugar se as leis se fazem nos consultórios dos advogados, aprovam-se nos gabinetes, nas reuniões surdas dos ministros?» Afirmava ele também: «Tudo o que se passa ali cheira a treta!»

O puto, esse aprendiz de meia tigela, arrojado, pode ter razão! 

Realmente … para que se debate a extinção de freguesias? 

Apague-se antes a Assembleia, porque esta Democracia morreu!

Renasça outra forma de governação democrática, a partir das freguesias e das redes que se suportam na Internet. Faça-se Luz, apague-se a indecência. Viva a Liberdade com Responsabilidade e Transparência. Morte à mentira!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O crime


A escola é essencial para o desenvolvimento humano! Na infância, marca-nos … para toda a vida. Imprime um conjunto de sentimentos e ideias estruturantes na memória emocional.

Aquela que ainda temos (apesar de tudo o que sabemos desde Freinet [1920], reforçada pelas reflexões desde os anos 60 do século 20) ainda castiga, amesquinha, esmaga e aprisiona! Maquiniza, iguala, cultiva o bullying dentro e fora da sala. Ainda promove a punição do erro, travando a descoberta e a aprendizagem. Faz o culto do ideal, emperrando a liberdade concretizadora. Educa para a verdade universal (dogmática) que se transforma em limitador pessoal. Mais tarde, promove o "chico espertismo", um forte destruidor social.

Não o faz pelo que ensina, mas, antes, pelas práticas e comportamentos que promove, pelos hábitos que transmite.

Com os conhecimentos pedagógicos que temos, a maioria das escolas podia cultivar a responsabilidade social e a liberdade individual. Mas não o faz! (Há honrosas exceções!)

Mais tarde, 30 a 40 anos depois, a escola transparece no individualismo, nas depressões que constato na meia idade, nos limites que os formandos mostram nas formações que realizo.

Afinal, a escola que tivemos há 40 anos [e a educação que muitos pais deram em casa], foi um crime. E a de hoje?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Desengana-te


O ser humano não vê a realidade dos factos. Quando olha, deliberadamente ou por acaso, apenas vê o que quer ... ou o que tem medo de ver!

Lê, naquilo que vê, o que quer ler.

Ao longo do tempo, molda o olhar, especializa-se, muitas vezes, criando bloqueios à criatividade e à imaginação. Construindo amarras e prisões que dão segurança, falsa.

O ser que somos precisa, por vezes, de se enganar. Na sua ingenuidade, esquece o mundo da razão. Esconde-o por debaixo da emoção. Fá-lo para sobreviver, protegendo a identidade que imagina ter!

Nem sempre vemos o que precisamos! Iludimo-nos. Enganamo-nos para defender aquilo que sentimos e pensamos.

Abre os olhos, os braços e o coração. Voa, alcança para lá do que se vê. Desengana-te. Abraça o mundo, liberta-te e vive ;-)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Somos parceiros


Quando as pessoas dominarem o sentido de aprender … poderão ser livres, capazes de compreender as suas vidas, de ganhar poder, de ultrapassar as barreiras, de contrariar os oportunistas que delas se aproveitam.

Aprendemos quando algo que tocamos se transforma em memória, com significado. Através da experiência (imersão), por intuição (uma espécie de sexto-sentido), com imaginação (criação e projeção de imagens no futuro) e pelo intelecto (pela arrumação do pensamento, das palavras que fazem sentido).

Por isso, nós, professores, não ensinamos! «Apenas» produzimos momentos e referências que se agarram às âncoras de experiência e conhecimento que os aprendizes já têm, dando significado às palavras aos sentidos e à vida. De preferência com carinho e encantamento.

Se formos sábios, criamos parcerias de exploração e aprendizagem, ajudamos a fazer crescer as raízes que alimentam o génio criativo de cada um, soltamos as asas que permitem voar. Geramos energia!

Afinal, somos, «apenas», parceiros de aprendizagem, parceiros de poder … ou meros técnicos de ensino e conhecimento!

Aprender é uma parceria para a construção da vida ;-)