domingo, 29 de abril de 2012

Sou feliz


Sou feliz por não ter. Sou feliz por não saber. Sou feliz por brincar. Sou feliz por andar. Sou feliz por ver. Sou feliz por escutar. Sou feliz por estar ... simplesmente, a meditar.

Sou feliz porque, em pequeno, fui feliz.

Sou feliz, apesar de, à minha volta, haver infelicidade e sofrimento que me magoa. Dor e glória que me aperta, gritos e choros que me atacam.

Sou feliz porque estou ... e me sinto bem. Não sou feliz porque sou. 

Sou feliz porque me aceito!

Deficientes... são todos os que, diferentes, não se aceitam. Os que pensam que não o são e, continuamente, buscam ser felizes, investindo a vida inteira em busca de honrarias e coisarias. Esses sim, são deficientes … espirituais. Sofredores emocionais, diabos inconsequentes que escondem a mágoa no álcool, na festa, na diversão, no prazer de ter um carrão, na gaja boa, no poder, numa ilusão.

Naturalmente, tenho acessos de deficiência! Mas estou feliz porque me aceito ;-) nesta imensa natureza artificalizada que me envolve. 

Não sou feliz. Sinto-me bem, estou feliz. É diferente ;-).

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A doença de «os melhores»


Esta gente está doente e multiplica a doença mental (pensamental, emocional, relacional e espiritual). 

Presos num racionalismo aberrante, estupidificante, que apenas usa as competências do hemisfério esquerdo do cérebro, os génios da sabedoria competitiva criam nos seus filhos uma cultura doentia de busca de ser o melhor solitário … brilhante a pensar!

Eles querem que os seus filhos sejam os melhores, insistindo na comparação. Gerando uma doentia competitividade que resulta em altos níveis de perda de sentido de vida, de frustração e depressão. Esquecem-se que a vida é muito mais rica quando tem sentido, é sentida e partilhada, naturalmente pensada.

Pensam mal, como se a vida fosse um jogo em que só importa ganhar, superiorizando-se aos outros. Estúpidos. Perdem as coisas mais doces da vida, como o prazer de dar e partilhar. Tão bom ou melhor que o de vencer.

No outro dia, ouvia, na rádio, um douto professor do ensino superior a dizer que só queria ter os 200 melhores alunos (leia-se as 200 melhores médias de entrada do país) na sua faculdade. Coitado. É tão burro, carregado de títulos de estupidez acrescida!

Ter os 200 melhores alunos (médias) é ter os 200 melhores a fazer testes – toscos avaliadores do saber. Estes alunos não são os 200 melhores a sentir e a ajudar, a resolver problemas, a relacionar-se com os outros, a colaborar, nem a sobreviver. São os 200 melhores a repetir ideias.

Em vez de ter os 200 melhores, mais vale ter 400 pessoas normais, capazes de sentir, pensar (em conjunto), de conversar, de persistir e apoiar-se, de criar, precisamente porque não são os melhores, porque se complementam. 

Mas será difícil explicar isto aos burros! Aqueles que se julgam melhores e que destroem equipas com pensamentos da treta. Os que são «os melhores» a carregarem-se de estupidez!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

«Filhos da puta»!


Não sou abrilista, nem abrileiro, nem fascista nem outubreiro, nem de esquerda nem de direita. Tento ser humanista, decente e ordeiro, não tendo uma vida perfeita.

Tenho saudade dos tempos em que ouvia nascer um novo dia cheio de esperança, com a magia ousada do Freitas, do Cunhal, do Sá Carneiro, do Soares e do Pires e de outros que tais, pessoas de ideais.

Vejo que nesta terra, os ricos bandidos da malta, usurparam as boas receitas, queimaram as grandes bandeiras e depois de nobres conquistas, levaram esta gente a direito à procura de memórias saudosistas e de consumos brejeiros. Queimando os sonhos e os futuros verdadeiros.

Esses filhos não são da esquerda, nem da direita. São «filhos da puta», oportunistas, malandros, normalmente engravatados, que com fatos bordados, fazem besteiras perfeitas.

Quanto desejo agora que a chuva caia lá fora, na rua, como deve, arraste em enxurrada, breve, mas forte, estas bestas matreiras que nos destruíram o norte. E, de novo, com um céu limpo, o povo, possa fazer reluzir a esperança, retomar um caminho de abundância, acompanhado de vinho e com muito mais consistência, com a confiança, que a doce democracia soube criar durante a sua breve infância.

Eles, os bandidos, não são republicanos nem monárquicos, de esquerda nem de direita. Roubaram-nos o prazer de sonhar e viver a liberdade organizada de uma democracia responsável, confortável e decente, com todas as gentes, que pensam e sentem de modo diferente.

Eles são os «filhos da puta»!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

É óbvio


É natural fazer contas. É fácil aprender cálculos, reduzir tudo a unidades de dinheiro, sem escrúpulos. Não é uma demonstração de inteligência, antes, um exercício de simplificação que apazigua os limitados.

Qualquer um sabe ser recoletor e contabilizador, bandido. É básico, simples, limitado. Já é um pouco mais difícil ser investidor, engenheiro e construtor. Pressupõe a capacidade de imaginar e prever o futuro. É muito complexo ser agricultor, professor, negociador, e bem sucedido.

Nesta sociedade, é difícil ser introspetivo, nobre, decente, consciente e pacificador. Exige princípios, vinculação a valores comuns, treino e controlo de todas as partes da mente. Desafia-nos a saber estar em articulação com os outros, num nível de conhecimento e competência que ultrapassa muito a capacidade de ser básico.

O dinheiro comanda a vida porque, em comunidade, tendemos para a estupidez simplificadora dos mais limitados. Estes não conseguem perceber os pensamentos complexos dos outros. 

O dinheiro governa a vida porque é o denominador mínimo comum da inteligência coletiva. A economia comanda a sociedade e a política porque as reduz às trocas mensuráveis, simplifica, torna-a inteligível para os mais burros. 

Temos este país neste estado porque deixámos que os inconscientes e estúpidos dominassem as decisões com os recursos que dispõem: o dinheiro e o animalismo primário. Afastá-mo-nos das redes de corrupção em que eles se envolvem por dinheiro. Facilitamos o caminho aos estúpidos que ainda não saíram dos instintos básicos, simples, simplificados, e, por isso, mais funcionalistas e funcionais.

É óbvio! Como se vê pela bronca do Sporting.

Bom coração


A minha vida é um caminho irregular por uma floresta adentro, ora densa ora aberta, com traçados pouco nítidos para explorar. Tem desafios quentes e frios para assumir, viver e passar. A minha vida foi um conjunto sucessivo de sucessões sucedidas com muito e pouco sentido.

Aquilo que mais me agrada, é ter percebido que a vida é uma sucessão sucessiva de factos que vejo e revejo com os olhos que tenho e o coração que sente. A minha vida é, afinal, o resultado de tudo o que chega, pelo corpo e pela mente, ao profundo coração, da gente.

A minha vida é muito mais rica desde que, na floresta, aprendi a conviver sem cheta, a olhar as árvores, as folhas e as pedras, os bichos e tudo o que mexe, escutando o coração. O meu e o dos outros, com uma serena compaixão. A vida é querida, mais vivida, com um bom coração.

domingo, 15 de abril de 2012

O prazer de dar


Para quem sabe viver, o prazer de dar, de cui-dar, é muito maior do que o de receber. O receber esgota-se num simples prazer que termina e se encerra num obrigado. Nesse momento, porque recebo, fico preso, cativo de um poder, do outro. Que, quando deu, cultivou e colheu e, logo a seguir, deixou-me obrigado a retribuir. A trocar um favor!

Nascido do nada nos ricos de espírito, o prazer de dar não é efémero e aprisionador. É sábio, terno e eterno, libertador. Confere poder e alegria a quem o dá. Inicia! Inicia um ciclo de simpatia e amor. Que não precisa de se fechar por um obrigado. É nobre, alimentador.

Amargurado, apercebo-me que, infelizmente, o dar é bom, não tem dor, mas que já pouca gente sente. Porque a boa sensação do prazer de cui-dar, de partilhar e dar precisa de ser experimentado e treinado e, há alguns anos, deixou de ser cultivado, na escola, na família, no recato das amizades e das ligações com verdade. 

O dar passou a um simples trocar, para receber e ter poder! Raramente se assume como um ato natural, de amor.

E, assim, o dar passou a ser doar ou dor!

sábado, 14 de abril de 2012

Palavras mágicas


As palavras são mágicas, como os sons, os cheiros e as imagens. Nos ventos que os trazem. Mas são também transportes. Barcaças … que nos levam e trazem, em viagens, por entre momentos da vida, sentida.

As palavras são dons, como as imagens e os sons. Despertam emoções, sentimentos e razões. Provocam, alimentam, ferem e matam. São potentes instrumentos de música, enérgicas, profundas. Quando lançadas ao vento, criam ... vidas especiais e momentos. Mas, também, por vezes, passam, distraídas.

As palavras são espelhos do que vai nas almas, de quem as atira e dos que as recebem. Passam por nós, mexem-nos, transformam e seguem, impunemente. Trespassam-nos. Afeiçoam-nos. Inquietam. Acalmam. Entrelaçam-se por nós a dentro. Quando nos tocam, num instante, mudam a calma. Rápidas, incisivas, desconcertantes.

Certas palavras e sons são milagres, quando se partilham. Nos sentimentos que transportam e no estado de espírito que criam. Com elas escrevemos e gravamos o Amor e a Dor. Valem mais do que mil imagens!


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pouco importa a idade!


A idade é uma soma de horas desiguais, algumas cheias, outras vazias que marcam as nossas relações com os outros.

Pouco importa a idade e a pessoa que a transporta, quando o que acontece é bom, no momento oportuno. Quando um flash, uma ideia resolve um problema, quando ensina ou desperta.

Pouco importa a idade, mas importam os momentos. Aqueles instantes, que são o reflexo de muitos outros, das trocas e emoções partilhadas, por tanta gente, em tantos anos, numa civilização que se estende até às profundezas milenares das cavernas.

Pouco importa a idade, o que vale é a ideia, da criança ou do velho, num dado momento, como uma ferramenta única, adequada, uma solução mágica, ou como um sopro de consciência, uma chamada de atenção.

Pouco importa a idade, quando é muita, carregada de rotinas e hábitos, de medos e prisões, de manias repetidas, estigmatizadas ou integradas por pressão.

Pouco importa a idade, o estatuto ou a posição. O que conta é a disposição: estar disponível para escutar e dar ao outro. Para aprender e para trocar, para crescer e imaginar, para sonhar e fazer.

Pouco importa a idade!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nuvens cinzentas

Todos temos momentos maus, de erráticos caminhos, de erro e desespero. Todos temos amigos que olham as belíssimas paisagens vida, colocando-lhes à frente densos nevoeiros, neblinas e nuvens cinzentas, pensamentos negativos, preconceitos que turvam as magníficas cores de uma realidade deslumbrante que são os multiversos (múltiplos universos) da existência e das coisas boas da vida.

Em momentos de crise, a comunicação adensa o nevoeiro com as nuvens cinzentas da tempestade económica, social e política. Com notícias de catástrofes anunciadas que efetivamente existem. Escondem-se as deslumbrantes paisagens da vida numa penumbra azeda. Olhamos e não as vemos, mas as coisas boas estão lá.

Por detrás dessas nuvens, existe um mundo real de múltiplas cores, de fortes relações, de brilhantes e extraordinárias emoções que a mente humana pode vislumbrar, deslumbrando-se em enormes e serenos caudais de prazer.

Para quê ficar aprisionado nas nuvens cinzentas dos pensamentos e medos que nos impedem de imaginar e ver o melhor que o mundo tem para nos dar?

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O grande coração digital


Rubem Alves, professor e pedagogo brasileiro, escreve assim:
«Cartas de amor são escritas não para dar notícias...
Não para contar nada...
Mas para que mãos separadas se toquem
Ao tocarem a mesma folha de papel...»

…ou a mesma rede digital de informações, razões, sensações e emoções, diria eu!

Grandes corações, podem não mudar a realidade, mas, muitas vezes, unidos, fazem milagres. Como diz a Rita Rodrigues, facebook, 9.4.2012 «Para aquele que tem um coração grande, até mesmo o impossível torna-se possível!»

Cada vez acredito mais nesta «verdade». É com crença, vontade, amor (atributos dos grandes corações) que se multiplicam os projetos especiais, muitas soluções, muitas crianças, muitas gerações, em busca de um sentido civilizacional, transcendente! Compensador. São milagres que se tecem e acontecem por aí.

Por isso, o facebook não é apenas uma rede, uma sala de convívio, é uma rede de corações! Que liga os que se abrem para se ligar, mediados por muitas tecnologias e razões, em vários cantos do mundo!

TU


Uma ínfima palavra. Diz tanto, em Portugal. Assim, eu e tu somos próximos. Ultrapassámos as fronteiras da indiferença, somos relevantes um para o outro. Somos cúmplices, sentimo-nos juntos. Apesar de diferentes, temos estatutos que nos dão direitos próximos. Dependes de mim e eu de ti!

É tão diferente de você! Esse termo que nos separa, que cria distância, que serve para marcar diferenças. Que revela que as distâncias sociais são fortes, mais fortes que as emocionais.

As equipas e as comunidades tratam-se por TU. Os que dão as mãos, quebram os laços formais, atravessam os limites sociais e estabelecem outras ligações fortes, cheias de significados e sentidos. As grandes vitórias nas maiores batalhas são travadas pelas pessoas que se tratam por TU. Os outros, distantes, sucumbem na segura distância do você.

«Você» é uma maneira disfarçada de definir privilégios. Não vincula. Não une pessoas, separa-as em diversas incertezas. «Você» é a limitada forma de fugir aos sentimentos conjuntos das coisas duras e boas da vida. É uma forma de ser cinzento! Por isso é que, quando precisamos de lutar e queremos vencer, nos tratamos por TU.

domingo, 8 de abril de 2012

A insustentável pobreza do Ser



Hoje, dia de Páscoa, fui à rua com a minha filha, jogar basquetebol à «quadra» da esquina! Estavam lá mais dois pais com os seus rebentos. Éramos oito. Podíamos ter feito um jogo. Mas não. Preferimos ficar todos separados a fazer coisas individuais, fechados nos seus pequenos núcleos familiares. Fiquei chocado! 

Quando em criança, na cidade, ia para a rua jogar à bola com os miúdos. Pouco importava se não os conhecia. Simplesmente, ia! Hoje, os miúdos não vão. Têm vergonha, medo. Têm os pais e as mães, não têm mais. Não têm rua com comunhão!

Os miúdos, tais como os pais e os avós, estão desconfiados com os propósitos dos outros. Medrosos, esperam ser criticados. Ficam isolados, quase banidos. Temerosos do presente e do futuro, se não estiverem com os seus amigos.

Hoje, na cidade, os miúdos crescem sós, isolados da vida confortável da comunidade, do risco e da luta que os faz crescer, das experiências que a rua faz ter. Fazem-no apenas na escola ou, mais crescidos, na vida universitária, mais libertária.

A cidade que criámos não cria vida, afasta as pessoas, fá-las temer e viver sozinhas. Provoca um triste e miserável apodrecer, contrariado pelos consumos de prazer. Para quem os pode ter!

Esta sina é tão má como os maus governos e a corrupção que nos faz apodrecer. Mas ... é a vida urbanita, que nos agita!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A fórmula mágica


Os que já tiveram a oportunidade de estar comigo nas formações de Liderança e Dinamização de Equipas sabem que tenho uma admiração especial pelo trabalho de José Mourinho. É o melhor treinador do mundo e o revolucionador da liderança/gestão de pessoas em conjunto.

Aqueles que têm experimentado os meus treinos de competências de liderança, bem sabem o que faz o JM. 

Conhece muito bem as pessoas e a enorme força das «equipas de jazz que buscam vitórias», grupos de pessoas que, de mãos dadas, prontos para os desafios e imprevistos, envoltos nos seus contextos condicionadores, apaixonadas, trabalham em conjunto, com prazer, para obter resultados, numa perspetiva integrada e integral que lhes confere poder, confiança e ambição, concretizadora.

Mis equipos usan una metodología que rompe con todos los conceptos tradicionales del entrenamiento analítico. Entrenamos según un concepto al que llamamos ‘interligación de todos los factores’ donde trabajamos todo simultáneamente, inclusive el factor motivacional. José Mourinho em http://www.martiperarnau.com/2010/09/los-metodos-de-entrenamiento-de-mourinho-la-periodizacion-tactica/

A fórmula mágica é a união, com paixão, que interliga e integra todos os fatores, com muita emoção. A Liderança é a «Arte de conjugar pessoas para conquistar resultados, com enorme prazer durante o caminho e no final». É a «Arte de libertar talentos e de fazer carinhas felizes pelos atos simples do dia-a-dia e pelas vitórias». É a Arte de dar sentido à vida! Não é a ciência atomística. É, antes, a combinação emocional e estética das múltiplas ciências limitadas e limitadoras!

Era tão bom que a maioria dos decisores soubesse sentir o que aqui escrevi!

O prazer de viver


O poema de Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, reza assim:

Cada dia sem gozo não foi teu
(Dia em que não gozaste não foi teu):
Foi só durares nele. Quanto vivas
Sem que o gozes não vives.

Não pesa que amas, bebas ou sorrias:
Basta o reflexo do sol ido na água
De um charco se te é grato

Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
A natural ventura!

Noutras palavras: «Carpe Diem». Goza o dia, com os olhos no futuro, com esperança e mais alguém. Dá sentido e significado a cada momento, num caminho que te transcende. Esta é uma das formas mais serenas e agradáveis de viver.

Cria prazer, no caminho e no destino. Faz sucesso, com carinho! Cria o prazer de viver. E um simples momento pode valer por uma vida inteira!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Felicidade Interna Bruta


«O conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB) nasceu em 1972, no Butão, elaborado pelo então rei Jigme Singye Wangchuck, com ajuda do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O FIB entende que o objetivo de uma sociedade não pode ficar restrito ao crescimento econômico, mas deve integrar finanças e qualidade de vida. Sua avaliação é feita em cima de nove dimensões.
:: Bem-estar psicológico - Avalia o grau de satisfação e de otimismo que as pessoas têm em relação a sua própria vida. Os indicadores incluem taxas de emoções positivas e negativas, analisam a autoestima, sensação de competência, estresse e atividades espirituais.
:: Saúde - Mede a eficácia das políticas de saúde. Usa critérios como autoavaliação dos serviços oferecidos, invalidez, padrões de comportamento arriscados, exercícios, sono, nutrição etc.
:: Resiliência ecológica - Mede a percepção dos cidadãos quanto à qualidade da água, do ar, do solo e da biodiversidade. Os indicadores incluem acesso a áreas verdes, sistema de coleta de lixo etc.
:: Governança - Avalia como a população enxerga o governo, a mídia, o judiciário, o sistema eleitoral e a segurança pública em termos de responsabilidade, honestidade e transparência. Também mede a cidadania e o envolvimento dos cidadãos com as decisões e processos políticos.
:: Padrão de vida - Avalia a renda individual e familiar, a segurança financeira, a qualidade das habitações etc.
:: Uso do tempo - Apura como as pessoas dividem seu tempo. Leva em conta as horas dedicadas ao lazer e socialização com amigos e família, além de tempo no trânsito, no trabalho, nas atividades educacionais etc.
:: Vitalidade comunitária - Foca nos relacionamentos das pessoas dentro das suas comunidades. Examina o nível de confiança, a sensação de pertencimento, a vitalidade dos relacionamentos afetivos, a segurança em casa e na comunidade, além das práticas de doação e voluntariado.
:: Educação - Leva em conta fatores como participação na educação formal e informal, envolvimento na educação dos filhos, valores em educação, ambiente etc.
:: Cultura - Avalia as tradições locais, festivais, participação em eventos culturais, oportunidades das pessoas para desenvolver capacidades artísticas, além da discriminação por religião, raça ou gênero.»

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Grande lata


O PS ataca o Governo pelo desemprego galopante que ajudou a criar!

Os últimos governos têm sido mais do que irresponsáveis. Dizem que querem controlar os gastos, mas continuam a apoiar os oligopólios em que, mais tarde, colocam os Catrogas, os Coelhos, etc. Como acontece no Reino Unido, gerem o orçamento para as empresas que lhes pagam.

Preocupam-se em transferir os compromissos inaceitáveis que assumiram para a responsabilidade do povo, aumentando impostos e sobrecarregando as pequenas empresas e as famílias. As políticas financeiras do Teixeira e do Gaspar são francamente recessivas para a economia, das PMEs. São esgotantes para a sociedade. Mas escondem-se nos números das finanças que os comentadores e a comunicação social tentam propagar, falando em taxas de juro e PSI20.

Os 15% de desemprego de hoje, 18% até ao fim do ano, também se devem ao facto destes governos terem preferido sacrificar a economia e o povo para equilibrar os défices (que contraíram para fazer show-off, para manter o poder e para ajudar os financiadores dos partidos que os suportam), sem tocar nos que lhes garantem a vida para além do Governo. Há 3 anos, o desemprego não chegava aos 10%!!!!!

Como o fizeram no passado, falharão as metas económicas e financeiras essenciais, mas irão desculpar-se com os fatores externos.

Daqui a três anos, uns terão cerca de 1,8 milhões de votantes, os suficientes, devido à irresponsável abstenção da maioria. Os outros, terão cerca de 1,3 milhões.

Com as suas escolhas e a abstenção, produz-se uma realidade que destrói o emprego e desumaniza a sociedade. E depois, queixam-se. 

Grande lata!

Pequenos nadas

Um dia, postei assim no FB: A vida é feita de ligações especiais e de pequenos nadas, guiados por grandes sonhos que se concretizam em boas e saborosas conquistas. 

Para a aproveitar plenamente, precisamos de ser humildes para aprender (e receber) e generosos para dar. A vida efetivamente, são trocas e o que nós sentimos a partir delas! BOM DIA, TUDO DE BOM ;-)

Respondeu a Emme Emmes: Tão importante como ensinar a dar, por vezes, também temos de aprender a receber. Poucos têm/temos, noção do que realmente temos/devemos/queremos receber...TUDO DE BOM :)

E continuámos, continuamente, caminhando, aprendendo com pequenas interações, pequenos nadas que nos unem em emoções ..., que tornam a vida tão boa, tão amada e nada isolada!

E ainda há quem prefira os livros lidos no recato de momentos solitários, rejeitando a relevância dos momentos partilhados com outros viveres! Que tontos, que velhinhos, que simpáticos tótós que convivem de costas viradas para as novas tecnologias da relação ;-). 

Livros e FB complementam-se para dar uma vida viva e cheia de emoções a quem a quer e sabe viver ;-).




domingo, 1 de abril de 2012

Há uns anos


Há uns anos, enquanto adolescente, um colega de turma apelidou-me de surrealista. Estranhei, mas aceitei. Era, surrealista e louco, aparvalhado e arrojado, destemido e incauto. Experimentalista, inculto e por vezes estúpido! Normalmente incompreendido. Com razão.

Há uns anos, uma respeitável professora do ensino superior caracterizou-me assim: «brilhante, algo imaturo, um pouco infantil»! Na altura, li no seu comentário uma reprimenda e um desconforto. Gostei! Percebi que a incomodava a minha irreverência. Era, desejavelmente incompreendido, nos pensamentos e nas ações. Não era velho!

Há uns anos, mais tarde, um patrão chamou-me de oportunista e calculista. Detestei. Não o era, nem o serei. Este sim, foi um insulto. Injusto! Os meus comportamentos foram incorretamente interpretados. Era, mais uma vez, incompreendido.

Um dia, percebi que é bom ser incompreendido. Principalmente por alguns. Vale a pena ser diferente, destemido. Com uma divergência que se pode pagar cara, mas que vale muito a pena comprar quando sabemos, nós, compreender os comportamentos dos outros e os fundamentos da sua ação.

Hoje, sei escutar, perceber os incompreendidos e, assim, criar amigos, que me acolhem, me dão ouvidos. Há alguns anos que não tenho inimigos. Percebo-os. Estranhamente, respeitamo-nos. É «apenas» uma pequena mudança de modo de comunicação! Interna, imensa. Que muda a ação e as relações! Muda a vida! ;-)